Hoje me sinto uma ilha desabitada rodeada de gente por todos os lados.
Com certeza assombra-me o sentimento de solidão.
Buracos cavados pelos devaneios, não me permitem sentir a firmeza de uma
terra que as vezes parece inexistir: tamanha a confusão das vivências
que sordidamente se manifestam acorrentados ao sentimento de impotência!
Reconhecer e nomear cada buraco parece tarefa difícil ,quase impossível as vezes.
A oscilação no gráfico da esfera emocional vislumbra uma paisagem absurdamente
confusa, onde as linhas se entrelaçam dificultando o reconhecimento de cada uma delas
sem marca zero, sem extensão.
Que poder existe diante de algo completamente imensurável
Quisera sentir em meu chão os passos firmes daqueles que caminham.
Quisera sentir em meu chão os passos sensíveis daqueles que caminham compadecendo-se com generosidade da terra mal cuidada.
Quisera sentir em meu chão os passos da voracidade dos que caminham com paixão
dando permissa ao coração acelerado pelo fogo com o qual são invadidos.
Quisera sentir enfim que os passos acontecem e independem definitivamente da minha percepção.
Quisera ter a certeza que eles acontecem mesmo que eu não os perceba.
DaisyGomes.
Oi Daisy!
ResponderExcluirMais uma vez indentifico-me com um texto seu.
Há muito pouco tempo estive me sentindo esta ilha, e por não saber o que fazer com a solidão, acabei me acabando, quase que irreversivelmente...
Hj, meus passos estão voltando a ser sentidos, graças a pessoas que me fizeram perceber que não estou de forma alguma sozinha. Mesmo rodeada de tantas insignificantes... Às vezes damos importância justo ao que não devemos.
Grande texto! Amei!
Beijoss!
Liah.
Liah, momento de superar barreiras...
ResponderExcluirNão sou poeta nem tenho o dom da palavra como voce, que bom que esta por aqui.
beijos
Daisy
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSe o que tenho lido em seu blog não é ter o dom da palavra, já não sei o que é isso! =)
ResponderExcluirGosto muito de suas escritas!
Beijos,
Liah.