segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PERCEPÇÃO!!

Aproxima-se a percepção mais integrada de mim mesma...das percepções que vultuosamente se conectam mesmo enquanto durmo. Busco uma linguagem que possa fazer sentido tanto para a vida quanto para a morte. Quisera pudesses traduzir meus pensamentos não pensados e meus sonhos não sonhados, enquanto aturas os lamentos e queixumes, dreno da precária integração com vultuosos labirintos silenciosos , verdadeiro estilhamento do ego...Ai!!!

DAISYGOMES

terça-feira, 20 de setembro de 2011

AMAR...APENAS





Preciso conviver com a procura medrosa e paciente da mente que busca  encontrar razões.

Razões que são aceitas apenas pelo coração que busca amar.
Amar na infinita ingratidão e na mais sórdida mentira.
Amar sem conta, mesmo no faz-de-conta.
Amar na indiferença do gesto.
Amar aquele que está longe. Amar da mesma forma aquele que está perto.
Amar na dureza das palavras e no fingimento das ações.
Amar quando tudo o que você acreditar desmorona.
Amar aquele que não afaga, que desampara, que fornece motivos de muitas amarras.
Amar com compaixão!
Amar o  sem coração...
Amar, apenas amar...
Amar a espera doída e o amargo da decepção.
Amar aquele que não se amou. De quem quase tudo se esperou, e nada pôde dar.
Amar a finitude, a incoerência das atitudes.
Amar apesar do cansaço, amar na exaustão.
Amar... e então,
A mente que procura medrosa e pacientemente encontrar razões, às vezes, não compreende porque para o coração, amar, apenas amar é suficiente!

É tão espessa a cortina que nos separa da alegria...




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                                                                                                         Insuportável cansaço!
                                                                       Cansaço que faz a vida se voltar contra si mesmo.
                                                           Doloroso cansaço que não se deixa combater pelo prazer.
                                                                     Que não se deixa vencer por uma boa-noite de sono.
               Que se fortalece diante do repouso e da tranqüilidade recebendo o apelido de tédio.
              Cansaço que faz correr atrás do pensamento, numa espécie de pesadelo , angústia crucial.
                          Cansaço que nos faz pensar em ceder  aprisionando-nos numa forma de existência.
     Intolerável cansaço que retira da memória a lembrança de homens livres que fomos, negando qualquer forma de esperança capaz de contagiar, que se difunde cada vez mais e, estranhamente, toma sempre novo impulso minando, quase por completo, a resistência que teimosamente insiste em permanecer.
Doloroso e insuportável cansaço que parece não mais querer se conter dentro dos limites do suportável.
  É tão espessa a cortina que nos separa da alegria...
Em sua busca há tanto tempo, mais distante ela se apresenta.
Impenetrável suas paredes que quase impossível 
 acreditar na luz que pode existir do outro lado.
Tamanha é a desordem estabelecida no interior que não se é capaz de olhar com interesse para mais nada e para mais ninguém.
  Impondo recursos e novas estratégias quase nunca bem sucedidas, o ser se resigna diante da aparente derrota, como se estivesse condenado à tristeza que aguarda sempre o momento oportuno para agir com toda energia.
           
Qualquer fonte de satisfação, qualquer experiência que antes  manifestara-se prazerosa veem-se comprometidas pelo humor triste e abatido, sufocadas pelo sentimento de impotência e assim, impiedosamente, esvazia-se de significado a existência.

sábado, 17 de setembro de 2011

PASSOS NA VELHA ILHA

Hoje me sinto uma ilha desabitada rodeada de gente por todos os lados.
Com certeza assombra-me o sentimento de solidão.
Buracos cavados pelos devaneios, não me permitem sentir a firmeza de uma
terra que as vezes parece inexistir: tamanha a confusão das vivências
que  sordidamente se manifestam acorrentados ao sentimento de impotência!
Reconhecer e nomear  cada buraco parece tarefa difícil ,quase impossível as vezes.
A oscilação  no gráfico da esfera emocional vislumbra uma paisagem absurdamente
confusa, onde as linhas se entrelaçam dificultando o reconhecimento de cada uma delas
sem marca zero, sem extensão.
Que poder existe diante de algo completamente imensurável
Quisera sentir em meu chão os passos firmes daqueles que caminham.
Quisera sentir em meu chão os passos sensíveis daqueles que caminham compadecendo-se com generosidade  da terra mal cuidada.
Quisera sentir em meu chão os passos  da voracidade dos que caminham com paixão
dando permissa ao coração acelerado pelo fogo com o  qual  são invadidos.
Quisera sentir enfim que os passos acontecem e independem definitivamente da minha percepção.
Quisera ter a certeza que eles acontecem mesmo que eu não os perceba.

                                                                                                   DaisyGomes.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

?????

Pessoas grandes tem necessidade de explicações detalhadas. Levo uma vida inteira para compreender o mistério. Uma estranha idéia de que jamais compreenderei.
Talvez eu seja como as pessoas grandes .Não conseguem tornar extraordinário os pequenos momentos da vida. Pessoas grandes dificilmente perdoam porque não vêem  além do próprio universo. Não compreendem o sentido da vida.
Protelar algumas coisas pode ser uma grande catástrofe, inevitável quando não se é uma grande pessoa. Depois que a raiz cresce é sempre mais difícil ser arrancada e  nem sempre percebemos a eminência do seu perigo.
Aprendi um novo detalhe com muito sofrimento: De fato quando se está embuido de tristeza é difícil ver a luz porque olhamos apenas para a escuridão.
Pessoas grandes podem parecer fracas por não enxergarem além das evidências, por isso preferem ser chamadas de pessoas sérias.
Pensei que amar alguém fosse o suficiente para fazê-la feliz.
A eminência de perder a pessoa amada é como se as estrelas aos poucos fossem se apagando..
Algumas pessoas foram feitas para serem admiradas. Embora exalem um encanto surpreendente perdem a credibilidade por serem contraditórias, difícil perceber a ternura por detras da contradição. Não admitem sensuras, não conseguem agir com naturalidade...É preciso saber amá-las.
Pessoas grande nem sempre conseguem entender o sentido de admirar...Sómente quem ama admira verdadeiramente, porque só quem ama sabe ter um olhar para além das evidências.
Sou considerada decididamente estranha. Algumas coisas não são para serem compreendidas, mas aceitas.
Aceitar implica em dois caminhos: Permanecer ou partir. Nenhum dos dois caminhos estão imunes de sofrimento. Invade o presente sem passado morto. Passado que ainda presente. Presença ainda distante, desgovernada. Sem leme, perde-se no horizonte!
                                                                                                      DaisyGomes

sábado, 3 de setembro de 2011

" REDOMA "

Como se nenhuma linguagem fizesse sentido algum. Nem para a vida...nem para a morte.Quisera tomar posse dos pensamentos nao pensados e dos sonhos não sonhados. Nenhuma linguagem ...comunicação da dor de uma sensação de desintegração catastrófica que permanece na maior parte do dia,,, do dia seguinte...na semana seguinte...Embora compreendas, a  dificuldade é sobreviver a estas e outras incompreensões..e mais e mais assistir  como que em uma redoma, o estilhaçamento do ego e e o distanciar-se do sensato, dividida enrte o real e irreal, privada e impregnada das partes ruins de mim mesma
Uma linguagem  racionalmente inexistente,entendida por si só como o dreno dos terríveis instintos destrutivos; negados, represados,sustentáculo dos fios de vida que sovrevivem em meio aos desejos  obscuros de morte e  que tenta-los descrever não poderá haver aspereza maior para a memória que reluta em relembrar.
Ainda consigo enxergar através da redoma de vidro: as pessoas, o mundo, a vida que circula palpitante;...apenas sinto-me separada disso tudo!
                                                                                                 DaisyGomes

(...) sobretudo um dia virá em  que todo o meu movimento será criação, nascimento, e eu romperei todos os nãos que existem dentro de mim, provarei a mim mesma que nada há a temer...erquerei dentro de mim o que sou um dia.... "C.L.